31/01/2016

Reflexão!

É fácil saber se uma pedra foi retirada de um rio ou se foi quebrada em uma pedreira. As de pedreira apresentam muitas quinas, são ásperas e irregulares, agressivas ao tato. As pedras de rio são lisas e roliças, já sofreram um polimento natural.
Ao longo do tempo, a correnteza das águas vai se encarregando de atirá-las umas contra as outras, para arredondar-lhes as arestas.
Na medida em que vão se tornando polidas, vai sendo reduzido o atrito entre elas, já não se ferem, deslizam harmoniosamente umas entre as outras, como esferas lubrificadas de um rolimã.
O processo evolutivo espiritual das criaturas humanas pode ser comparado ao do burilamento das pedras de rio.
O Espírito é criado puro e ignorante. Puro, porque não traz qualquer tendência para o mal, ignorante, porque não adquiriu ainda qualquer conhecimento.
Ao longo das reencarnações sucessivas, a correnteza da vida também nos atira uns contra outros: somos levados a conviver entre semelhantes.
"A evolução espiritual é contínua, não regride nunca, mas pode ser retardada em seu processamento se não se aproveitar bem a oportunidade que Deus concede ao Espírito reencarnante.
"Cada conflito é um alerta e um roçar polidor de arestas.
Quanto mais ásperos somos, mais dolorosos são os atritos, pois a dor é conseqüência de nossos atos de desamor para com o próximo, nesta ou em outras existências.
Diferentemente das pedras, entretanto, a criatura humana, sendo dotada de inteligência, consciência e livre-arbítrio, pode escolher caminho evolutivo menos doloroso.
Jesus nos aponta o rumo: amarmo-nos uns aos outros.
A evolução é lei universal e irrevogável, mas dois caminhos nos são oferecidos para percorrê-la: dor ou amor.
A prática do amor proporciona polimento indolor em nossas almas, suaviza-nos as arestas, desenvolve-nos o altruísmo, harmoniza nossa convivência com os semelhantes. A decisão é sempre nossa.

Paz e Luz!


(Maurício Roriz)

Nenhum comentário: