Descobrir a necessidade de alguma modificação na maneira de ser e agir é sempre um momento alto na vida, se a nossa reação não for a da culpa que amarra ou a do orgulho que cega.
Conseguindo pensar, à luz do Espiritismo, que somos Espíritos imortais, reencarnantes e em evolução, também dotados de livre arbítrio, "cai a ficha" de que é impossível acertar sempre e ter todas as idéias e conceitos equilibrados e amplos.
Ao mesmo tempo, vamos entendendo que errar, equivocar-se e ficar com a mente nublada, fazem parte desse processo de aprendizagem, porque quando não se sabe direito e não se tem suficiente experiência, acertar e errar são possibilidades, cada uma com 50% de chance.
A disposição de rever e reciclar pensamentos, sentimentos e atos, quando promovida por essa consciência de si mesmo, transforma-se num grande investimento a próprio favor.
É nessa etapa nos acontecem as recaídas...
Somos condicionáveis, e quanto mais um comportamento mental ou prático é repetido, mais se fixa e vai virando hábito, a não ser quando observamos isso e escolhemos como pensar e agir. Mas para tanto, geralmente precisa-se passar pela dor.
Outra faceta das recaídas aparece quando achamos que já somos vitoriosos e que a tal questão não nos pega mais.
Achamos...
Mas a recaída acontece, mostrando que quem acha não sabe, só supõe e já se considera vencedor.
Porque a verdadeira superação será reconhecida, somente após muitas exposições ao que poderia nos levar ao costume antigo, nas quais nos mantivermos fiéis ao novo comportamento; este agora é a nossa nova forma costumeira de ser/pensar.
O empenho em conhecer-se e reconhecer-se, persistindo depois, nas condutas escolhidas e recicladas, certamente dá bastante trabalho.
Mas vale a pena, quando passando pelos testes, nos reconhecemos mudados para melhor e mais donos de nós mesmos.
A sensação de auto-realização advinda, permanecerá sempre como uma conquista pessoal, nos alimentando e sustentando para novas etapas, diante de outros desafios que quereremos enfrentar...
Paz e Luz em seu coração!
(Cristina Helena Sarraf)
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