A conexão com as forças espirituais não
necessita de lugar, tempo ou espaço. Assim como para receber o prana, o ar que
respiramos, não precisamos marcar hora com o Cosmos.
Esta conexão pode
ser feita em qualquer lugar desde que saibamos perceber, sentir, intuir, em
nosso corpo físico, emocional e mental a presença de algo que num primeiro
momento não compreendemos, mas que parece ser uma forma diferente de comunicação
ou relação, que é mais sutil, mais amorosa e profundamente nutridora e
reconciliadora.
Esta comunicação pode ser feita com imagens, sensações,
percepções auditivas ou sensoriais (arrepios por todo o corpo, estados febris,
choros, vibrações, discreta taquicardia, sensação de frio e calor ao mesmo
tempo, forte estado de preenchimento, alegria, vontade de cantar, impulso de
sair abraçando todas as pessoas, pulsações de compaixão por si e pelo próximo,
plenitude de amor por si próprio, vontade de mudar a vida, alargamento da
consciência de si, do outro e dos acontecimentos da humanidade ou do dia-a-dia;
um dar-se conta da imensidão do Universo; uma clara visão de quem se é e o que
estamos aqui a fazer e muito mais).
De repente, podemos pensar, sentir,
intuir, constatar que vemos imagens, cenas, filmes onde estamos em uma dimensão
diferente, percebendo músicas, vivenciando emoções mais leves, agradáveis,
profundamente tocantes.Antigamente, as religiões criavam espaços
especiais onde era suposto a gente sentir esta conexão.Igrejas, templos,
espaços demarcados onde íamos em certo dia da semana (ou todos os dias,
dependendo da escolha de cada um) e neste tempo marcado no relógio da Terra nos
era pedido e permitido transcender.
Findo aquele período, voltávamos para
a casa e para os afazeres, um pouco que "esquecendo" as sensações que porventura
sentíamos nestes templos.
Mas, lembrando um pouco São Francisco de Assis,
vamos perceber que ele deixou o templo para viver junto à natureza. Conversava
com o Sol, com a Lua a quem chamava "irmãos", com os animais, enfim, com todas
as expressões das forças divinas.
Creio que esta é uma forma, a meu ver,
criativa de se estar. Na presença do "presente" todos os dias, dia e noite,
noite e dia, estarmos permanentemente conectados, lendo nos sinais, aprendendo
com os movimentos, integrados no grande ritmo de todos os
Universos.
Resumindo: nosso templo pode estar dentro de nós! O tempo
todo!
Paz e Luz em seu coração!
(Fonte:Somostodosum/Isabel Telles)
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