23/02/2013

Reflexão...


É da natureza da vida morrer...
Parece um contra-senso, não é?
É que temos a tendência de dividir tudo em partes e depois já não podemos mais reconhecer o todo.
Assim, separamos o dia da noite, a semente da árvore, a vida da morte, o mar das ondas, dividimos a vida em horas, ciclos. Depois não percebemos mais a vida como uma trama única que a tudo liga e dá sentido.
Como vivemos sem acreditar que para nós a morte também chegará, quando a percebemos rondando nossos passos surge uma urgência de viver. Outro contra-senso.
Muitos dos que já estiveram perto da sua própria morte ou perto da morte de um ente muito  amado relatam que, de repente, tudo fica claro e límpido. 

O que é relevante, o que é essencial se impõe. Naquele momento somos mais puros, livres das máscaras e convenções sociais. 
Voltamos a rezar, a enxergar com nitidez cores, pessoas, beleza. É comum amar a vida intensamente quando se tem a possibilidade da morte.
Pausa para uma questão e para uma reflexão: 
- Questão: por que será que achamos que há tempo a perder quando a morte parece distante? Assistimos TV demais. Ficamos tempo demais lendo notícias de diferentes jornais que não ampliam nossa riqueza interior. Desperdiçamos tempo com brigas inúteis, discussões que não acrescentam, falando da vida alheia, olhando a vida dos outros ao invés de cuidar da nossa vida, trabalhando só para garantir o sustento ao invés de trabalhar para enriquecer nossas vidas.
 Passamos tempo precioso olhando vitrines, preocupando-nos com pequenas bobagens, olhando só para o umbigo, tendo todo esse mundão para navegar...
- Reflexão: as pessoas nos amam pelo que são e não pelo que somos. Isso também vale para Deus: "Ele nos ama por que Ele é Deus, não por causa do que você fez ou não fez". (Regina Brett, 90 anos de idade)
Podemos ir em frente....

Faz parte do amar à vida aceitar a morte como uma continuação da própria vida, que segue viva após a morte.

Paz e Luz!



(Thais Aciolly)

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