31/07/2021

Reflexão!


 "Certa vez eu estava na varanda da casa dos meus avós… de mãos dadas com a tristeza.

Meu avô percebeu, sentou ao meu lado e puxou conversa. Abri o meu coração. Ele me ouviu calmamente e disse:

- Está vendo essa janela minha neta? Nós a abrimos nos dias de sol, de chuva, de frio e de calor. Ela areja a casa e deixa a luz entrar. Faça isso com o seu coração, não deixe ele sem arejar independente daquilo que lhe façam, senão ele mofa.

Eu nunca mais esqueci aquelas palavras.

De manhã eu abro todas as janelas da minha casa.

Pelos lugares que viajo, abro as janelas.

Até na casa dos outros eu abro as janelas.

Nos dias tristes, abro as janelas.

Nos dias felizes, abro as janelas.

Nos dias em que busco respostas, abro a janela e namoro o céu.

Nos dias em que a saudade aperta, abro a janela e observo as pessoas caminhando de um lado para o outro. Fico imaginando o quanto elas também sentem falta de alguém... Ganho “companhia” para enfrentar a solidão da minha saudade.

Nos dias em que busco inspiração, abro a janela e flerto com as estrelas.

Nos dias em que sinto necessidade de ficar comigo mesma, abro a janela e contemplo a vida. Sinto uma ligação intensa com o universo!

As janelas são esses lugares que permitem que olhemos para fora e que curiosamente nos iluminam por dentro.

Eu tenho a minha janela preferida!

E você, tem a sua?"


(Lígia Guerra)

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