Não existe nada que seja do bem ou do mal. As coisas simplesmente são o que são. Não existem pedras boas e pedras más. Não existe água boa e água má. Pode existir uma água que não esteja própria para consumo, mas isso se deve as impurezas da água, não a água em si mesma. O que chamamos de impurezas são elementos que existem na natureza e que sempre servem a outros propósitos. Se uma pessoa comer terra, ela vai passar mal e pode morrer, mas uma plantinha vive na terra e sente-se muito bem, fora da terra ela morre. Cada coisa tem sempre o seu lugar... e tudo ajuda tudo no universo. Não existe nada que seja inútil, tudo tem um porquê e uma utilidade no cosmos infinito. A imagem de um duende é constituída de um elemento qualquer, pode ser mármore, pano, gesso, pedra, madeira etc. A significação “duende” somos nós que atribuímos... se ele é bom ou ruim, igualmente somos nós que decidimos com base em nossas crenças e superstições. Mas nada há de bom ou mau na natureza... tudo no mundo se encaixa com aquilo que lhe é compatível e tudo tem a sua função. As pedras, os ventos, o sol, o mar, a areia, o humus, as árvores, as estrelas, a chuva... tudo na natureza tem a sua função. O bem e o mal são criações humanas... a natureza desconhece bem e mal. Na natureza tudo flui e tudo se renova. A destruição de alguma coisa ocorre com o objetivo da transformação e da renovação. Onde estaria, então, o bem e o mal nisso? Não existe bem e mal... existe apenas a sabedoria e a ignorância.
(Hugo Lapa)
Espiritualidade é amor
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